O que você já enfrentou em silêncio?

Olá, aluna!

Espero que você esteja bem. 

Hoje, gostaríamos de discutir um tema extremamente sensível e importante: o assédio. Este é um assunto que, infelizmente, muitas pessoas enfrentam em silêncio. 

Precisamos falar sobre isso para conscientizar, educar e, acima de tudo, apoiar todas as que já passaram por essa situação. Este texto contém alerta de gatilho, pois abordará experiências e situações que podem ser dolorosas para algumas leitoras. Pedimos que leiam com cuidado e, se necessário, busquem apoio emocional. Conte conosco. 

O Brasil apresenta uma das mais altas taxas de assédio entre as mulheres em todo o mundo. Segundo dados da Organização Não Governamental ActionAid, 16% da população feminina brasileira relata ter sido assediada antes dos 10 anos, e 55% das mulheres disseram que a situação abusiva começou antes dos 18 anos [1].

A maioria das mulheres brasileiras já sofreu algum tipo de assédio. De acordo com uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 30 milhões de mulheres sofreram assédio em 2022, o que equivale a uma mulher assediada a cada segundo[3]. Além disso, 97% das mulheres brasileiras já foram vítimas de assédio em meios de transporte [2].

O assédio não é restrito a espaços públicos. No ambiente de trabalho, 11,9 milhões de mulheres foram alvos de assédio em 2022, o que representa um caso por hora[3]. Ainda, 86% das mulheres brasileiras sofreram assédio em espaços públicos, incluindo assobios, olhares insistentes, comentários de cunho sexual e xingamentos [4].

Essas estatísticas refletem a desigualdade de gênero na sociedade brasileira, onde as mulheres frequentemente enfrentam desvalorização e discriminação. Nosso objetivo é compartilhar esses dados para que mais mulheres conheçam os números e compreendam a importância de estarem sempre cientes de sua realidade.

Para combater o assédio, é fundamental que vocês, mulheres, denunciem as situações de assédio que vivenciam e que haja repressão adequada. 

Referências:

[1] https://www.soma-ne.com.br/2017/03/assedio-afeta-saude-fisica-e-emocional-das-mulheres/

[2] https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia-em-dados/97-das-mulheres-ja-foram-vitimas-de-assedio-em-meios-de-transporte/

[3] https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2023/03/02/uma-mulher-sofreu-algum-tipo-de-assedio-a-cada-segundo-no-brasil-em-2022.htm

[4] https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2016-05/pesquisa-mostra-que-86-das-mulheres-brasileiras-sofreram-assedio-em

[5] https://fontesegura.forumseguranca.org.br/mais-de-18-milhoes-de-mulheres-sofreram-alguma-forma-de-violencia-em-2022-mostra-pesquisa-do-forum-brasileiro-de-seguranca-publica/